Com 75 anos de história, Israel é um tesouro do turismo da fé para judeus, cristãos e muçulmanos. Apesar dos conflitos, o país com pouco mais de 20 mil quilômetros quadrados, território menor do que o Sergipe brasileiro, guarda símbolos religiosos importantes e é o destino dos sonhos para muitos. Em 2022 a estimativa é de que 2 milhões de pessoas tenham visitado o país de acordo com o Ministério do Turismo local.
A pesquisadora e geógrafa CarolineRozenholc-Escobar apresentou em 2021, o trabalho Implicações, atores e instrumentos geopolíticos do turismo. Israel / Palestina: o que nos contam os lugares religiosos. Na análise, ele observa que “as sucessivas crises que incendiaram o espaço israelense-palestino por vinte anos recompuseram profundamente os volumes, as origens geográficas e as filiações religiosas desses visitantes. Durante a segunda Intifada, foi observada uma queda de 37,4% no turismo entre 2000 e 2003 e uma queda nos países de peregrinação “tradicionais” (de 80% para 90% para Itália, Portugal e Polónia entre 1999 e 2002) para o benefício, em particular, dos Estados Unidos e Brasil (Collins-Kreiner et al., 2006) nos países de origem dos turistas religiosos. Há dez anos, essa presença estrangeira em Israel teve, ao contrário, tendência de aumento”, observa. Ela explica que o fluxo contínuo de turistas e peregrinos é explicado pelo esplendor, o número e a diversidade dos lugares sagrados existentes, lugares sagrados cristãos, muçulmanos, judeus, drusos e bahaïs que atraem visitantes de todo o mundo e / ou pelo desejo de apoiar essas diferentes comunidades.
Onde ir:
Jerusalém: Cidade reivindicada por israelenses e palestinos, fica na região da Judeia, localizada na parte montanhosa no sul de Israel, cercada por vales, como o Vale do Cédron, e entre os Mares Mediterrâneo e Morto.
A cidade velha: São quatro quadras dedicadas à mostra da diversidade religiosa com templos armênios, muçulmanos, cristãos e judeus. A caminhada pelo bairro permite ainda a visita a lojinhas de souvenirs; bares, restaurantes.
Com sorte, pode-se apreciar concertos, apresentações teatrais além de visitar museus.
Nachalat Schiva: Para os notívagos esse bairro oferece as melhores opção com cafés, bares e restaurantes com ar moderno e cosmopolita.
Museu de Israel: Reúne um dos maiores acervos de arqueologia bíblica do mundo. No Santuário do Livro estão os Pergaminhos do Mar Morto e que seria o mais antigo texto bíblico. Na sala de arte moderna, obras de Monet, Renoir, Cézanne, Gauguin e Van Gogh além de espaços para artes europeia, asiática, contemporânea e israelense.
Na parte descoberta está o Jardim de Arte Billy Rose com esculturas e jardim planejado com obras de Rodin e Picasso.
Veja o que mais atrai os que buscam o destino:
Basílica da Natividade: Diariamente a visitação é aberta depois das cerimônias religiosas de católicos, gregos e ortodoxos. Localizada em Belém no território palestino, o templo está no local indicado como onde Jesus teria nascido.
Monte das Oliveiras: O local abriga a Igreja de Todas as Nações e o Jardim do Getsêmani que abriga oliveira da época de Jesus. O trajeto também tem todo um simbolismo religioso porque é apontado como o lugar onde Judas traiu Jesus.
Muro das Lamentações: A visitação ao local é pública e guarda muita fé por parte de judeus já que o local abrigou o Templo de Salomão e onde estaria depositada a Arca da Aliança. Homens e mulheres que vão até lá fazem pedidos e choram suas perdas.
Via Dolorosa: O caminho relembra ao longo da rua no meio do mercado árabe as 14 estações da Via Crucis até o local onde Jesus foi crucificado.
Santo Sepulcro: A basílica da acesso ao local onde Jesus teria sido sepultado e onde aconteceu a ressurreição.
Galileia: É a maior parte ao norte de Israel estendendo-se do Mediterrâneo até o Mar da Galileia.
O que visitar?
Nazaré: Cidade onde Maria nasceu e onde Jesus passou a infância conforme os registros religiosos.
Kafr Kanna (Caná da Galileia): Na Igreja local, teria sido realizado o casamento em que Jesus realizou o milagre da transformar da água em vinho.
Carfanaum: Na cidade, Jesus teria reunido seus discípulos para ensinar-lhes. Há ruínas de sinagoga construída entre os séculos II e IX.
Mar da Galileia: Local onde Jesus teria andado sobre as águas. Além do aspecto religioso, o lago é também espaço de balneários e praias. É possível fazer um passeio de barco na região.
Basílica da Transfiguração: Apesar de ser considerado um dos passeios mais bonitos da região tem com empecilho o acesso que só pode ser feito com van local. Compensa o transtorno, o simbolismo do Monte Tabor, local onde o corpo de Jesus se transformou em luz e que hoje abriga jardins e um mirante de onde é possível ver vilarejos próximos.
Rio Jordão: Local de batismo de Jesus segundo os registros religiosos. No caminho entre Judeia e Galileia, há uma estrutura turística.
Basílica da Anunciação: Templo construído em 1969, abriga as ruínas da casa onde Maria teria recebido o anjo Gabriel que anunciou a vinda de Jesus.
Pelo trajeto na Galileia, também é possível visitar vinhedos e vilarejos.
Mar Morto: Na fronteira entre Israel, Palestina e a Jordânia, o Mar Morto que é na verdade um lago, que na verdade é um lago, está a 430 metros abaixo do nível do mar, ou seja, o ponto mais baixo da terra. O índice de sal por metro quadrado é seis vezes maior que o dos oceanos o que impede que o corpo afunda. A estrutura é a de balneário e o local está a uma hora de Jerusalém.
Parque Temático: A pesquisadora e geógrafa CarolineRozenholc-Escobar aponta ainda entre os parques temáticos religiosos, o Nazareth Biblical Village, em Nazaré. No local há um museu a céu aberto e área construída com a réplica de uma fazenda e aldeia judia do século I dC, com sua sinagoga e representação com atores locais da vida cotidiana de Jesus e aldeões. O espaço foi aberto em meados de 2000 sobre terreno que abrigava um antigo hospital.